domingo, fevereiro 25, 2007

O Rio de Frades do Xô Felix Serralheiro Bigodes

As linhas de água criam na rocha granítica o padrão típico de grande parte dos rios portugueses, "pool and drop"(a seguir a um salto há quase sempre uma piscina para recompor). A vertente norte da Serra da Freita maioritáriamente xistosa, cria um estilo de rio que não estamos muito habituados a ver. Quase sem piscinas e com a água a correr sempre branca por entre pequenos tobogans, saltos e corredores de ondas, tudo a acontecer de forma rápida e sem grandes tempos para relax, dando ideia de estarmos num grande slalom, a Ribeira de Frades apresenta-se como um brilhante, e viciante percurso de Águas Bravas. 2 Km classe IV de Rio de Frades mais 3Km classe III de Paivô, com um a pendente total 120 metros, e uma passagem em salto (4m) linda lá pelo meio.
Para além das boas condições de rio, o Domingo traria ainda mais desenvolvimentos, quando no fim do troço se conspirou remar tudo de novo ... Logística dificultada, não fosse a ajuda do maior serralheiro de Vale de Telha: "Xô Feix Serralheiro Bigodes". Tudo pra cima a carroça e já lá estávamos de novo no início. Picados, fizemos tudo em meia hora ... só paramos nas bifanas.


terça-feira, fevereiro 20, 2007

Ribeira de Cavez

Quando em Outubro de 2006, nas primeiras chuvas da época, abrimos a Ribeira (pensavamos nós pois pelos vistos foram uns Francius), nunca imaginariamos á entrada para esta preciosa linha de água, que iriamos navegar um dos percursos mais bonitos e divertidos (na minha opinião) de Portugal. A Ribeira de Cavez é um afluente da margem oeste do Rio Tãmega, nasce na Serra da Cabreira junta-se ao Tãmega em Cavez (Cabeceiras de Basto). Desde o alto do seus 1300 metros de altitude, a nascente origina primeiro um belíssimo e equipado canioning, para de seguida encaixado ainda no vale de granito originar um percurso único de águas bravas. A rocha foi sendo amaciada pela água, formando um canal sinuoso, com inumeros saltos, pequenos tobogans, e montes de "esses" cegos. Agora imaginem um rio com estas características, tunelizado por arvores e com o musgo sempre colado no granito ... é único. 7 Km (230 m pendente) , com os primeiros 4 Km classe IV +, e mais abaixo com a Ribeira a acalmar e a proporcionar uma navegação em IV até á foz.
Terça de Carnaval não resistimos ...



Rio Cabril

O Rio Cabril é o verdadeiro rio do Domingo de manhã post ressaca de Sábado á noite. É sem dúvida o creek mais navegado pela malta dos Tamecanos. Um espécie de solução para saídas da cama já da parte de tarde. Com o ínicio a 5 minutos de minha casa (Mondim de Basto), são 8 Km classe IV+, com uma pendente de 170 metros. Por ser sempre uma alternativa à mão, e por ter sido navegado vezes sem conta e nas mais diversas situações (por vezes com água a roçar o "ai meu Deus"), é também pai das mais bizarras descidas que há memória. No seu cardápio conta já com 5 descidas abortadas, isto só apartir de Outubro de 2006, 3 quintos feitos a nado e a proeza única de alguém já ter passado por um cifão (ficando para contar e exagerar mais a história). Uma garganta que mistura granito com xisto, criando um percurso heterógénio e bizarro. No encontro Tamecanos 2006, os participantes tiveram a oportunidade de remar a parte mais fácil do percurso, mas que não deixa de ser classe IV. Este fim de semana prolongado fomos lá de novo, fomos anfitriões e guiamos pela mão uns gringos da zona de Aveiro.


domingo, fevereiro 11, 2007

The Varosa Gorge

Hora e meia de viagem, pasteis conventuais em Lamego, 4 marmanjos 2 centimetros mais curtos, para terminar com 5 euros de bifanas num tasco algures por lá. Foi assim mais um dia de 4 agarrados. Três telefonemas e já lá estavanos os quatro na fruta do Varosa, Eu o Nunes o Rafa e o Benjamim. Penoso no início pois apesar de ter chovido, a hídrica que construiram a montante foi retendo água, mas vertical, divetido e agressivo para os costados à medida que iamos avançando na garganta e passando por elas. A garganta é lindissima, 3 cascatas, 3 grandes rápidos a sério, tudo misturado para dar um conjunto classe V e ainda 1 Km classe III+ no final para desenferrujar, que termina num salto super manhoso quase á beira da saída. Sem dúvida um "must do" dos rios portugueses. Os meus parabens à malta que descobriu e abriu a garganta. Para recordar fica ainda a sucata da minha viatura que no mesmo dia deixou cair os kayaks em plena estrada, e ainda ficou sem bateria. Contingências ...



sábado, fevereiro 10, 2007

Louredo Warm Up

Pedi chuva e ... choveu. Sexta, 9 de Feveriro de 2006, eu e o Nunes, um amigo Tamecano, fizemo-nos á faina, num percurso, que tanto quanto sei ainda ninguém tinha navegado. Chamo-lhe o Alto Louredo - Warm up. Para quem conhece a zona de forma razoavel, o percurso inicia-se um pouco abaixo da Portela de Santa Eulália (para evitar uma sequencia de VI's e sifões), e termina no inicio do percurso 1 do Louredo, na Ponte de Seixinhos. 3Km de rio (100 metros de desnível), classe IV/IV +, para terminar já mais proximo da ponte numa sequência de 200 metros classe V. Não tem portagens a fazer , o que é estranho para uma garganta daquela natureza.Um percurso a fazer quando há água a mais na garganta abaixo. Uma tarde que encheu a barriga, e que nos mostrou que há mais vida para além dos percursos do Louredo conhecidos.