segunda-feira, janeiro 12, 2009

Dia 7 - "O adeus a Pucon"

Quando viajamos nao pensamos no trabalho. Pensamos no futuro, na vida, na família ou na vontade de ter uma, na solidao, na viagem. Ou entao nao pensamos, e simplesmente nos deixamos levar, ao sabor dos dias, disfrutando cada brisa, cada cheiro e cada imagem. Tenho pensado em tudo isto. Mas também há tempo para pensar em coisas. Tenho pensado sobre a personalidade dos portugueses, pelo menos a comunidade canoista portuguesa. Por aquilo que vi por esse mundo fora tem duas grandes qualidades. Posso estar a ser presunçoso, mas nao conheço nenhum outro grupo que saiba receber tao bem como nos. Neste dia, cruzamos com um americas e um neo-zelandês. Perguntaram se tinhamos lugar no carroça e remaram todo o dia à boleia, o neo-zelandes acabou por nos acompanhar nos restantes dias, e provavelmente vai fazer o resto da jornada connosco. Sempre a querer saber receber bem, partilhar a casa, as vivências, nao encontro razao para esta qualidade, no meu caso talvez a solidao justifique esta partilha. A próxima qualidade do português guardo para amanha.

Aproveitamos para remar o Palguin alto a dobrar e fizemos uma primeira incursao a parte de baixo, mas sempre longe do percurso intermédio, com as suas cascatas de 20 e 22 metros. Para os canoistas as cascatas sao como montanhas. Saltam-se porque estao lá para ser saltadas. Andamos sempre por longe pois o risco de acidentes era proporcional à tentaçao de as fazer. Melhor nem as ver.

Dissemos adeus a Pucon, quando se tem 'apenas quase' um mês de férias, nao vale a pena marcar passo onde estao esgotadas todas as vivências.


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Palguin (percurso Inferior)
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Por do sol e amanhecer no Villarrica
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Hora de partir (nunca vi tanta tralha em cima de uma carrinha de 9 lugares)

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