segunda-feira, abril 28, 2008

"Cum fosgasse, Portugal é lindo" - The Genesis of Louredo River

Navegámos. Seria um crime se não o fizessemos com as condições de sol que o final de Abril nos brindou. Senti-me um caçador de trofeus, mais um passo, mais uma descarga de boas sensações e mais uma fotografia para a porterioridade. Fizemos jus às comemorações do dia em que a Liberdade foi conquistada pelos nossos pais. Fomos gastá-la e partilha-la com o elemento que a personifica: a água.

Quem faz a estrada nacional de Ribeira de Pena para Vila Pouca de Aguiar, e sobe lentamente para o planalto do Alvão, acompanha um percurso sublime de águas bravas. Há muito que a água, o granito e os rápidos de cortar a respiração me atraiam para aquele vale, que era o único percurso que o Louredo ainda tinha escondido. Cai 200 metros em 3 Km, e, com uma navegação consistente de classe V, poderá, conforme a coragem e o feeling, ser remado sem portagens. Como se não bastasse, depois desta chatisse e deste tédio de rio, os lavagantes de água doce ainda foram dar cabo dos xispes em mais do mesmo, as garganta central do Louredo, mais abaixo no vale.

À medida que avanço por gargantas inóspitas, por esses declives, por essas linhas talhadas pelo tempo nos montes do Portugal profundo, dou comigo a pensar:

"Fosgasse, Portugal é lindo"

As provas disso vêm por aqui abaixo. As minhas desculpas por não ter confraternizado no Sabor ou no Nabão com os demais canoistas portugueses, e desculpem ainda por não ter convidado Portugal inteiro para remar connosco, o dia e o rio mereciam-no.

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Ai queriam ver fotos de aguinha, e people a dar cabo dos costados ?! À que gramar primeiro com a publicidade. O Helder de Santa Cruz - "Impacto Visual", para além de fazer uns capacetes indestrutiveis ainda tem o dom de os personalizar ao gosto do freguês. Helder, és um artista!!

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No Genesis, a palavra "contra-corrente" é uma palavra muito pequena. A navegação apesar de não ser muito hard-core é sempre continua, exigindo muita manobra e rapidez de reacção. As fotos acima demonstram um pouco o estilo de rio, com um desnível continuado e ininterrupto.
Nas alfaces estou eu e o Nunes. O outro canoista é o Nelinho Fininho, Tamecano, companheiro assíduo de copos e esporádico de águas bravas.

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Por vezes o rio enfurece-se mais um pouco e origina um sem número de passos mais verticais. Tobogans e pequenos saltos sempre com um "quê" nas recepções. Para mim, e enviando desde já uma abraço cordial aos meus amigos do Paiva, o Rio Louredo, é o melhor rio do país.

Aproveito esta oportunidade para lembrar que no novo Plano Nacional de Barragens, está prevista uma albufeira em Gouvães da Serra, precisamente no início deste percurso.
Não sou contra as paredes de cimento, que dão cabo dos eco-sistemas, paisagem e natureza virgem, mas que as nossas dependências de energia a elas obrigam. Mas no que toca ao Louredo, remarei contra a barragen, em direcção à foz.


Remem comigo. Movimento:
"Fosgasse que o Louredo é lindo !!"

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O sol não deu tréguas. Apesar do ácido láctico, ainda houve uma réstia de força. Mandamo-nos vale abaixo para medir forças com a garganta central mais uma vez.
É ou não é um maravilha da natureza ?? Só quem o conhece é que sabe o que vai custar perde-lo.

segunda-feira, abril 14, 2008

The First Kayakers in Moimenta River

Abril. A Dona Dores, diz-me pela manhã que a chuva vai chegar na semana que vem. A sabedoria está cravada nas suas rugas, como se a intiução viesse de dentro do seu lento bater de coração. As suas 94 primaveras acertaram. Pergunta-me se vou com a minha piroga pelo rio abaixo como as enguias diz ela ... afavelmente tento explicar-lhe o que é quase impossivel para quem viveu duas guerras mundiais e passou pelos duros anos da ditadura ... o prazer de um desporto radical, palavra que a Dona Dores nem sequer sabe o que significa ...

"Tenha cuidado cu a auga doutor !! Tenha cuidado !!"

Nessa semana remei quase de tudo. Uma ribeira tributária do Ardena, no grande vale do Paiva, deixou-me as mãos num Cristo, e o fato estanque semelhante a uma rede de pesca ... "Carinhosamente" chamamos-lhe a Ribeira das Silvas.

Mas, cá por casa, nas encostas da Cabreira, a semana terminava em grande, assim como termina mais uma maravilha. No final de mais um dia de empreitada, a mão direita levantou o polegar com as feridas amolecidas da água. Sorrimos por mais uma descoberta, a Ribeira de Moimenta.
De volta ao ínicio, molhamos os bancos do Toyota Corola de 82 de um habitante local, que tinha uma colecção de cassetes da Ana Malhoa de fazer inveja. Perguntou-nos se eramos malucos "em descer por aqueles fragões abaixo vestidos com uns fatos de astronautas e sentados em coisas de cores que não dá pra dizer ...!!!


"Temos a benção da Dona Doras meu senhor, temos a benção dela. O Nunes é maluco, mas eu sou bom rapaz ...!!! Só fui tirar fotografias !!

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Sometimes a small channel, sometimes a large slide, the Ribeira de Moimenta drops 120 metres in 1 Km. A classe V run with some classe V+/VI drops.
Photo by Jamba Nunes

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Jamba Nunes in the fist waterfall.
Photo by Rabiço

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Our hearts increased the pace, when we found slides in the small river
Photos by Jamba Nunes and Rabiço

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Only the Habitat 80 found balls to run the "Cavern Slide"
Photo by Jamba Nunes


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The "S".
Photos by the same guys
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Jamba Nunes droping.
Photo by Rabiço

terça-feira, abril 08, 2008

Easter

60 espanhois. Número oficial de nuestros hermanos que estiveram presentes no Tamecanos 2008.
Com um total de 120 participantes, o evento decorreu de acordo com as expectativas criadas por muitos canoistas.
Apesar de água escassa nos pequenos rios, a boa gastronomia e animação permitiram o abrir de sorrisos.

Vieram Xavis, Juanes, Pablos e Manolos, e como muitos fizeram mais de mil km para remar, aproveitaram para ficar toda a Semana Santa de molho.
Durante esses dias fui anfitrião de alguns espanhois e do casal amigo de suiços Elisabeth e Matthias Thomman. Vagueamos pelo Tua, Tãmega, Paiva, Cávado e Castro Laboreiro.

Castro Espanhois 3
In Castro Laboreiro village, there are some precious waterfalls.
I named this one "Elisabeth The Warrior"
Photo by Roberto

Elisabeth, hope your back is comming back !!!...

Gracias por todo Roberto and company. See you in Pirenees.

Olo River - Hidden waterfalls

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Fisgas do Ermelo - Olo River
Parque Natural do Alvão
Mondim de Basto - Portugal
800 m long / drops 500 m
Canioning section

Talvez já não haja muitas linhas de água por aqui que permaneçam virgens. A escassez de água e o enjoo de repetição, tem levado a minha imaginação ao máximo do seu potencial. Por estes dias e quando há uma ou outra tarde livre, durante a semana, faço-me ao parque e procuro o abrir e fechar do obturador da diversão no meio da Serra do Alvão.

As Fisgas do Ermelo são o precipitar do Rio Olo por por um canhão de xisto, um dos mais impressionantes em Portugal. No coração do Parque Natural do Alvão, caem 500 metros em apenas 800 m de distãncia. Este desnivel dá ao Olo uma identidade única, que são a infinidade de cascatas, tobogans e fendas. Precioso. Nos primeiros 150 metros, existem uns passitos exequiveis de kayak, o restante é um paraiso vertical. Uma paisagem impressionante, várias espécies de aves de rapina e uma flora luxuriante e de altitude. Está protegido, e por isso é um canioning proibido.

Apresento-vos o que o locais chamam de "Piocas de Cima":

blog 4 Geting in the canyon of Fisgas do Ermelo - Olo River

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blog 11 The "Wolf's Waterfall"

blog 13 Slide ...

blog 12 Another slide

blog 14 .. and one more drop !

blog 15 After this small section the best choice is to get out. 15, 25 and 40 metres waterfalls just below.

blog 17 A big boat for a fat kayaker

Obrigado Miguel pela tua disponibilidade e paciência.

Sentir o chamamento da montanha a meio da semana é fácil, quando se dorme ao lado do paraiso.