The first time we have been there, in the beginning of Juin, we carry a chiken team including me. Besides, the rivers we had planed were super high. Surprisingly, this year, Pyrinees would last all summer.
We make our selves again to the road in the 4 th Jully (for 6 days), and in the 1 of August (for 3 days), Rabiço, Pedro Gibanga, Sir Anthony Word and Senador Ricky, had only one thing in mind: "Run the fives" in Gavernie, Zinqueta, Ara, Bujaruelo, Cauterets, Ésera.
Diário da Expedição
Dia 1 - Domingo, 5 de Julho (Rio Ara, Navarros-Broto, 2 descidas)
Saimos pelas 10 da noite do dia anterior e remamos de carro, atravessando toda a Espanha. Madrugada de Domingo e faziamos as últimas curvas do vale do rio Ara. Com quase zero horas de sono, eu, o Nunes e o Palavra, juntamo-nos ao Ricky e fizemos o Ara clássico dos Navarros até Broto. Pela tarde repetimos a dose, o que veio a ser um mote para os restantes dias da expedição. Foi quase um remar do nascer ao por do sol. Todos estavamos lá para isso.
Dia 2 - Segunda, 6 de Julho (Gave de Gavarnie, Gavarnie-Chaos de Coumély, 2 descidas)
A noite anterior não deu hipóteses de grandes loucuras, quase á 24 horas sem dormir, foi comer, confraternizar um pouco com a turma do Ricky (que estava numa de caminhadas) e dormir o mais que se pode. No dia seguinte esperavam-nos 3 horas de viagem para encontrar um rio exatamente do lado oposto. O Gavarnie nasce num espantoso circo glaciárico, e começa a ser navegado a quase 2000 metros de altitude. Classe IV com uns quintos à mistura. Remamos e repetimos "asta la noche".
Claro que não é fácil repetir percursos no mesmo dia, quando se tem apenas um carro. O plano era o seguinte, o Nunes guardava as barcas, eu pedia boleia "a lá francesa", "please, monsieur, une boliére" (felizmente o esticar do dedo é uma linguagem universal), e o Palavra fazia um biatlo e corria estrada a cima. Foi quase sempre fácil de chegar à chaço, e felizmente que o rapaz não teve que correr muito.
We make our selves again to the road in the 4 th Jully (for 6 days), and in the 1 of August (for 3 days), Rabiço, Pedro Gibanga, Sir Anthony Word and Senador Ricky, had only one thing in mind: "Run the fives" in Gavernie, Zinqueta, Ara, Bujaruelo, Cauterets, Ésera.
Diário da Expedição
Dia 1 - Domingo, 5 de Julho (Rio Ara, Navarros-Broto, 2 descidas)
Saimos pelas 10 da noite do dia anterior e remamos de carro, atravessando toda a Espanha. Madrugada de Domingo e faziamos as últimas curvas do vale do rio Ara. Com quase zero horas de sono, eu, o Nunes e o Palavra, juntamo-nos ao Ricky e fizemos o Ara clássico dos Navarros até Broto. Pela tarde repetimos a dose, o que veio a ser um mote para os restantes dias da expedição. Foi quase um remar do nascer ao por do sol. Todos estavamos lá para isso.
Dia 2 - Segunda, 6 de Julho (Gave de Gavarnie, Gavarnie-Chaos de Coumély, 2 descidas)
A noite anterior não deu hipóteses de grandes loucuras, quase á 24 horas sem dormir, foi comer, confraternizar um pouco com a turma do Ricky (que estava numa de caminhadas) e dormir o mais que se pode. No dia seguinte esperavam-nos 3 horas de viagem para encontrar um rio exatamente do lado oposto. O Gavarnie nasce num espantoso circo glaciárico, e começa a ser navegado a quase 2000 metros de altitude. Classe IV com uns quintos à mistura. Remamos e repetimos "asta la noche".
Claro que não é fácil repetir percursos no mesmo dia, quando se tem apenas um carro. O plano era o seguinte, o Nunes guardava as barcas, eu pedia boleia "a lá francesa", "please, monsieur, une boliére" (felizmente o esticar do dedo é uma linguagem universal), e o Palavra fazia um biatlo e corria estrada a cima. Foi quase sempre fácil de chegar à chaço, e felizmente que o rapaz não teve que correr muito.
Crossing the Pirenees. Following some "Tour de France " stages.
Dia 3 - Terça, 7 de Julho (Gave de Gavarnie; Gave de Cauterets; Rio Cinqueta)
Na noite anterior tinhamos ficado na vila super turística de Cauterets. A vila para além de ser uma das mais conhecidas estâncias de sky dos Pirineus , é ponto de passagem para o pico mais alto dos Piri franceses, Vignemale (3298 m), sendo ainda uma espantosa area termal, com banhos públicos por toda a parte. Foi a nossa primeira noite de copos à séria. Na manhâ seguinte dissipamos as dores de cabeça com um passeio ao sopé do Vignemale, e deliciamo-nos com as impressionantes imagens da parte alta da Gave de Cauterets, com cascatas por toda a parte, rodeadas por uma interminavel mata de folhosas. A Gave, como lhe chamam os locais abre-se para a parte de baixo do vale em La Ralliere, onde tem uma rampa famosíssima, mesmo ao lado de um centro de reumatologia, para assegurar os primeiros cuidados caso algo acontecesse. Irónico. Felizmente passamos todos por ela, e passamos todos ao lado de uma estadia no centro médico. Aquela rampa estava conquistada. Infelizmente não pudemos dizer o mesmo de toda a Gave. Conquistar o Cauterets na sua totalidade era um dos objectivos da viagem, mas, devido às neves tardias de final de Maio o nivel da água estava anormalmente muito alto. Tem três percursos de Classe V. 1 Km que fizemos nas gargantas do meio abriu o apetite para a próxima tentativa de o navegar, que iria ser quase um mês mais tarde, no início de Agosto. Naquela tarde deu ainda tempo para conhecer as gargantes de baixo do Gavernie, com escarpas laterais de 200 a 300 metros, e com um estranho feeling de que se acontecesse algo a um de nós teríamos que ter as unhas muito bem afiadas para sair dali. Abandonamos França, depois de termos comprado baguetes, chouriço e queijo dos Pirineus. Uma vez de novo em espanha no vale de Gistain, remanos 1 hora de clássico Cinqueta, antes de montar arraiais e S. Juan de Plan, vila no sopé do Possets ( três mil trezentos e qualquer coisa) onde nasce o Zinqueta.
Na noite anterior tinhamos ficado na vila super turística de Cauterets. A vila para além de ser uma das mais conhecidas estâncias de sky dos Pirineus , é ponto de passagem para o pico mais alto dos Piri franceses, Vignemale (3298 m), sendo ainda uma espantosa area termal, com banhos públicos por toda a parte. Foi a nossa primeira noite de copos à séria. Na manhâ seguinte dissipamos as dores de cabeça com um passeio ao sopé do Vignemale, e deliciamo-nos com as impressionantes imagens da parte alta da Gave de Cauterets, com cascatas por toda a parte, rodeadas por uma interminavel mata de folhosas. A Gave, como lhe chamam os locais abre-se para a parte de baixo do vale em La Ralliere, onde tem uma rampa famosíssima, mesmo ao lado de um centro de reumatologia, para assegurar os primeiros cuidados caso algo acontecesse. Irónico. Felizmente passamos todos por ela, e passamos todos ao lado de uma estadia no centro médico. Aquela rampa estava conquistada. Infelizmente não pudemos dizer o mesmo de toda a Gave. Conquistar o Cauterets na sua totalidade era um dos objectivos da viagem, mas, devido às neves tardias de final de Maio o nivel da água estava anormalmente muito alto. Tem três percursos de Classe V. 1 Km que fizemos nas gargantas do meio abriu o apetite para a próxima tentativa de o navegar, que iria ser quase um mês mais tarde, no início de Agosto. Naquela tarde deu ainda tempo para conhecer as gargantes de baixo do Gavernie, com escarpas laterais de 200 a 300 metros, e com um estranho feeling de que se acontecesse algo a um de nós teríamos que ter as unhas muito bem afiadas para sair dali. Abandonamos França, depois de termos comprado baguetes, chouriço e queijo dos Pirineus. Uma vez de novo em espanha no vale de Gistain, remanos 1 hora de clássico Cinqueta, antes de montar arraiais e S. Juan de Plan, vila no sopé do Possets ( três mil trezentos e qualquer coisa) onde nasce o Zinqueta.
Dia 4 - Quarta, 8 de Julho (Alto Cinqueta, Cinqueta Clássico, Ésera)
Como o Nunes no estaleiro nesse dia, eu e o Palavra decidimos continuar a martelar os difíceis, como planeado, apesar da equipa desfalcada. As partes altas do Cinqueta, são muito particulares. A água talhou o seu percurso numa região de rocha avermelhada, que lhe deu o nome de "Cañon Rojo". Desde pequenos saltos a passagens classe V sem portagem possivel, é um percurso que merece bem a sua grande reputação. Uma espécie de montanha russa com não mais de três metros de largura. Antes de regrassarmos novamente ao vale do Ara , para acompanharmos os "caminheiros" em mais uma noite de "cañas", passamos ainda pela agradavel surpresa que foi o Ésera. Apesar de um pouco sujo, o canhão antes dos seus percursos comerciais, com início em "El Rum" é quase obrigatório para quem quiser kayakar por aquelas bandas.
Dia 5 - Quinta, 9 de Julho (Rio Bujaruelo, Rio Ara)
Finalmente o Bujaruelo. O Ricardo "ajuntou-se-nos" e o Nunes vinha recuperado do estaleiro como a pica toda para aquele que foi sem dúvida o rio da expedição. O Bujaruelo, junta-se ao Arazas e forma o Ara. Tanto este com o afluente oposto, ladeiam o Monte Perdido (3355 m). O Arazas encontra-se protegido, pois está dentro de um dos poucos parques nacionais espanhois, e um do mais imponentes, o Parque Nacional de Ordesa e Monte Perdido. O Rio Bujaruelo está aberto a quem o quiser disfrutar. Da Ponte dos Abetos até 400 metros antes a do confluencia o rio é um aquaparque. Talvez um Cávado em ponto grande. Rampas e mais rampas e mai rampas. Os espanhois dão-lhe uma classificação de V+, mas, embora ache que algumas passagens rocem essa classificação, sou um pouco mais conservador e considero-o globalmente um classe V (2 pass. V+, 1 class VI, 1 infran). Uma rampa de 100 metros, com uma inclinação de 20 %, com um rolo a meio seguido de uma divisão de águas, onde metade das quais vão para uma drossagem, e a outra metade continua para terminar num salto de 5 metros, é sem dúvida a cereja no topo do bolo deste percurso. Escorregar por aquele rio abaixo, com o sol de frente, água verde, entregue a mim próprio, levou-me mais uma vez para a "efervescência das recordações das emoções" das coisas boas da vida. Aquele rio fez-me sentir a pessoa mais só deste mundo, e ao mesmo tempo, preencheu a minha solidão.
Finalmente o Bujaruelo. O Ricardo "ajuntou-se-nos" e o Nunes vinha recuperado do estaleiro como a pica toda para aquele que foi sem dúvida o rio da expedição. O Bujaruelo, junta-se ao Arazas e forma o Ara. Tanto este com o afluente oposto, ladeiam o Monte Perdido (3355 m). O Arazas encontra-se protegido, pois está dentro de um dos poucos parques nacionais espanhois, e um do mais imponentes, o Parque Nacional de Ordesa e Monte Perdido. O Rio Bujaruelo está aberto a quem o quiser disfrutar. Da Ponte dos Abetos até 400 metros antes a do confluencia o rio é um aquaparque. Talvez um Cávado em ponto grande. Rampas e mais rampas e mai rampas. Os espanhois dão-lhe uma classificação de V+, mas, embora ache que algumas passagens rocem essa classificação, sou um pouco mais conservador e considero-o globalmente um classe V (2 pass. V+, 1 class VI, 1 infran). Uma rampa de 100 metros, com uma inclinação de 20 %, com um rolo a meio seguido de uma divisão de águas, onde metade das quais vão para uma drossagem, e a outra metade continua para terminar num salto de 5 metros, é sem dúvida a cereja no topo do bolo deste percurso. Escorregar por aquele rio abaixo, com o sol de frente, água verde, entregue a mim próprio, levou-me mais uma vez para a "efervescência das recordações das emoções" das coisas boas da vida. Aquele rio fez-me sentir a pessoa mais só deste mundo, e ao mesmo tempo, preencheu a minha solidão.
Dia 6 - Sexta, 10 de Julho (Rio Bujaruelo)