No passado Sábado (29 Novembro 2008) estivemos pelo alto minho. O Inverno abre-nos o livro daquele que foi o dia mais frio que passei num rio. Por vezes a Sibéria está ao lado de casa.
A aposta de fim de semana era a Cantábria. Apesar de toda a Península Ibérica estar a ferro e fogo com a neve, por cá pouca água, e em Espanha o caudal era garantido. Rumar a Espanha.
Os membros do norte - Rabiço e Maia - ficaram pela serra do Alvão, impedidos de seguir caminho. Em Portugal, estradas nevadas, estradas cortadas. Atravessar a Meseta Ibérica de noite e debaixo de neve ia ser um filme!! Mudança de planos: “Amanhã, o pessoal do 18 e Cia vai martelar o Azere, com mais um bando de gandulos de Alvarenga” alguém adiantou. Destino: Arcos de Valdevez. Para quem queria fugir da neve a manhã não deixou de ser uma surpresa …
Apareceram os “berdadeiros presidentes” – Vilela, Chapi e Luis – juntamente com Rafa, Perrinho, Mário, Zé Carteiro, Ricardo Mondim e Joaquim. Quatorze indíos no meio de um rio gelado, estreito, vertical e com um mijo de àgua ... Filmes ... Missão: Vilela de Lajes - Ponte de Grade.
Apesar de caudal escasso, é um rio impressionante, belo e divertido. Dos melhores que existem em Portugal. Tem de tudo, saltos, tobogans, passagens técnicas e portagens que nos fazem esquecer tudo e mais alguma coisa, e o desnível não nos permite pensar no frio, nem na crise nem no preço dos combustíveis.
O rio cai 350 metros em 3800 metros de comprimento. Tirando a maior e mais técnica portagem, o percurso não tem quedas superiores a 6 metros. Em termos de classificação este rio varia entre o Classe IV com quintos (com a àgua que fizemos, 1 metro cúbico), e o classe V puro (3 a 4 metros cúbicos)
A Grande Portagem (faz-se pela direita com cordas)
Emanuel na ultima passagem técnica (Kamikaze), com o "Bando de Gandulos" na audiência.
Cinco horas e meia dentro de água, e apanhados pela noite, optamos por sair antes da ponte de Grade por um caminho acessório. Campos e casas, são o primeiro sinal de mão humana, na margem direita. Lá bem no alto, e depois de 10 minutos pelo meio de vinhas, vive o Sr. Gomes que tem por missão aquecer as almas de quem por ali aparece, com um bom verde tinto.
Evitando a àgua gelada, passamos o resto do fim de semana a aproveitar a neve. Fizemos o cume do Alvão e sonhamos com os Andes que nos esperam em Janeiro.
Emanuel, um rapaz do sul de Portugal não cabia em si de contente quando viu neve pela primeira vez. Pffft, putos do sul ... baaaa ...
Fotos : Rafael Cecílio e Emanuel Jordão
1 comentário:
Este e o ultimo remanço na Net :)antes de molhar o cabedal num rio Estou de saida para a Galiza.(Texugos) . Boas remadas
Sérgio Domingues
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