E assim terminou. Foi uma espécie de licença sabática pedida ao Rabiço jornalista. Fevereiro, frenesim. Foi o mês mais caudaloso da época das chuvas 2009/2010, e como tal foi uma espécie de continuação do Janeiro, como se tivesse trazido o Chile pelas montanhas do Marão "adentro". Uma continuação da catarze permanente da Viagem. Março e Abril andei a "cirandar" pelos encontros de águas bravas e slalom. E depois meteu-se a escola de canoagem, uma espécie de anti-solidão pseudo-altruista. Para quem se tenha habituado a seguir frases e viagens neste espaço, desculpem o interregno.
O Circuito Nacional de Kayak Extremo - Portugal White Water 2009 foi um sucesso. Três provas, três rios, três comidas, três festas, três Viagens. Como sempre o que ficam são as interminaveis imagens. Alarguem as vistas e vejam o que fizeram um grupo de 50 amigos (numero de atletas que participaram em pelo menos 1 prova) nos três respectivos encontros, St. Rita Extreme - Fafe, Tamecanos 2009 - Mondim de Basto, Paiva Fest - Arouca. Marta Noval, classificou 3º (deixou mais de 40 canoistas para traz), Paulo Pires ficou e 2º (experiência, remada consistente, e muita boa vida) e eu com a ajuda o Karnali L, provei que o mais importante é ser regular. Venci.
Antes da segunda ponte, Fafe. A final a três deu raia logo no início. Embrulhei-me com o Rafael Pinto (Tamecano) e o Rui Moreira entrou na parte mais agressiva do açude e "ficou a peliçar" uns segundos preciosos o que me permitiu uns metros de avanço. Eu o Rui e o Rafael na cola.
O Sr. Pereira e o Sr. Castro posam para a fotografia com as suas principais fãs. Da Dona Leontina, da esquerda, diz-se que cantou no Ajuntamento Folclorico de St. Ovídeo, ganhando inclusivé varias prémios de melhor solista nos festivais de ranchos. Diz o Sr. Pereira entendido na arte de articular sons e manufactura de músicas, que já não há vozes como aquelas no país, e quase convencia Dona Leontina a dar uma ajudinha aos "berradores" oficiais dos No Name Boys. Diz que aquilo lá para baixo anda um pouco murcho.
Chamemos a este grupo o grupo da frente. A Martinha aparece desfocada na luta pelo terceiro lugar. No encalço Ricardo Invernadas, e Pires do Blocos. Apesar das caras estarem tapadas com pagaias, a imagem está muito dinãmica. Grande trabalho do fotografo Paulo Mota.
O passo é o mesmo. Chama-se "Caxão", mas a malta de além Mondego sempre lhe chamou "Tramolhão". É um desnivel de 4 metros que resulta de um estrangulamento natural, no final da garganta que separa os concelhos de Mondim de Basto e Celorico, antes de chegar à praia do Vau. Depois do "Caxão" eram apenas mais 300 metros até ao final, os atletas já tinham percorrido 3 km de águas bravas e mansas.
Chamemos a este grupo um grupo do meio. Liderado pelo Henrique, e seguindo linhas aparentemente divergentes e de resultados nada positivos Chapi (18eCia) e Jarbas Lavagante Paulo Maia (Tamecano e uma espécie de Triângulo das Bermudas das pagaias), com o Vidabela na espectativa. Mais uma foto dinamica. Ver abaixo o resultado da brincadeira.
Esta imagem causa-me "espécie". Já tinha ouvido histórias de pessoal que descalçava o kayak de quando em onde antes dos rápidos. Pela primeira vez assisti. Antes do "Cachão" Joaquim Felix Mantilha viu-se livre desses dois objestos inuteis, Kayak e Pagaia, e nadou, agrafando-se na margem. Mítico.
Tony Words de cognome "O Pró", mostra o seu estilo agressivo. Pagaiada bem vertical, corpo ligeiramente inclinado para a frente. Prego a fundo até á primeira vitória numa prova no Rio Paiva.
Os "velhinhos" Calado/Benjamim talharam a sua linha de forma perfeita, nas Marmitas. Foram uma espécie de Safety Car da prova.
Arrastei comigo destes dias um sentimento de privilégio. Sou cada vez mais um contemplador. Esta água presa pela gravidade ao fundo de um vale dá uma luta e um gozo indescritiveis. Obrigado pela partilha. Vivam o Rio.
2 comentários:
O RIO EM FAFE E O AVE
E no Porto é o Guadiana
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