Se fosse uma música do Tony Carreira seria qualquer coisa como: "A vida é tao boa e este rio é tao lindo !!!". A descida do Petrohué é considerada a mais impressionante (em termos de beleza de paisagem) do mundo.
Há milhares de anos, a lava seguiu o mesmo caminho que o rio existente. Em todos estes anos, o rio Petrohué fez no basalto um rio sinuoso e cheio de canais. Esta secçao termina nuns impressionantes saltos de 20 metros (proibidos para o kayak) que foi exactamente aí que a lava parou. Na secçao inferior a pedra passa a ser calcária. Na paisagem continua sempre presente o impressionante vulcao Osorno, o Pontiagudo e outro com um nome indigena que nao me vem há memória.
Parte da "team" fez rafting. O guia, um francês que há dez anos atrás se perdeu de amores pelo chile fala-me com tristeza do mal que o desenvolvimento está a trazer ao sul do Chile. Diz-nos que o Chile é agora o maior produtor mundial de salmao, e que nao há um único fiorde a sul , que nao esteja a sofrer as consequencias do uso excessivo de antibioticos na aquacultura. O outro problema, também ele grave, sao as barragens. Um consórcio de empresas hispano-chilenas comprou 80 % dos direitos de água de um dos países com maior potencial hidro-electrico do mundo (a sul de Santiago, muita chuva e neve no Inverno e degelo de neves e glaciares no Verao). Querem construir uma serie de barragens no Futa, Baker e outros rios da Patagónia e vender energia ao resto da amériaca do sul. Pode ter sido um excelente negócio para o Chile, mas há locais do planeta onde sentimos que a humanizaçao deveria ser evitada, pelo menos a tecnológica. Nao deixa de ser um pais estranho, podemos comprar direitos de água, ilhas , lagos e até parques naturais com vulcoes activos dentro.
segunda-feira, janeiro 12, 2009
Dia 11 - "Petrohue e Osorno"
Steve de olho na Simone
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1 comentário:
Rabiço vê-me aí quanto custa um vulcão. É que a energia geotérmica tem mais potencial que a hidrica.
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