De manhã é uma azáfama. Como me deito cedo, acordo bem cedo, ainda nem os primeiros raios de luz rasgam. Os madrugadores vão saindo das tendas, uns direcção rio, esvaziam bexigas, outros descarregam lastros nas casas de banho de campanha. Às 6 da manhã alguns aquecem água para café. Depois que a equipa de pequeno almoço se estabelece, saem ovos e bacon, iogurte e cereais. Tento engolir 1 litro de água quente para forrar o estomago. À volta das mesas metálicas todos apreciam os primeiros raios de luz nas paredes altas como se fosse o primeiro dia. O carregamento dos rafa é feito com inercia, como se todos disfarçadamente esperassem pelo sol para se fazerem à àgua. Arruma-se e desmonta-se toda a cozinha, empacotam-se tendas e cadeiras de camping, a placa da fogueira, arruma-se a cinza restantes (leave no trace), a enfiam-se o resto dos "estrovadores" onde se pode. Tudo é devidamente amarrado aos barcos para que não haja perdas caso haja baldas de rafts. "Last call for Toillet", o Tiago e o Calado desmontam a casa de banho de campanha (toda a caca da expedição é carregada nos rafts de inicio ao fim). Antes de nos fazermos à água o Taylor faz um pequeno briefing e falamos dos rápidos que aí vêem, de onde de em ser observados, dos "side canyions" que podemos explorar, das milhas que vamos percorrer, e do "site camp" onde vamos desembarcar. Passam os dias, e a "crew" n fala de mais nada, "Lava Falls". Aproxima-se o último dos grandes rápidos do GC. Há nervoso miudinho. Alguém grita "Grand Canyon" respondem "Siga Caralho" ( um lema de viagem bem português por sinal ), chega o sol, hora de nos fazermos à água. Let's Lava.
Ao som de One too many mornings - The Chemical Brothers
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